quarta-feira, 26 de maio de 2010

Exercício

Resposta ao exercício 5, do Grupo. Caderno de Actividades, ficha 25

Desde o início do século XIX até 1950, a economia da América Latina era caracterizada pelo seu subdesenvolvimento pela sua dependência às importações.
Durante as ditaduras, nos anos 60 e 70, observaram-se os primeiros sinais de descolagem económica. Tal como ocorreu nos demais totalitarismos, optaram-se por políticas nacionalistas de autarcia. Tratava-se de medidas de fomento industrial, que visavam substituir as importações por produtos nacionais, o que viria, se aplicadas correctamente, a equilibrar as finanças.
Ainda assim, os países não tinham capital interno, o que se demonstraria, algum tempo depois, a grande causa das crises económico-financeiras. Como tal, os regimes ditatoriais recorreram a empréstimos estrangeiros, com avultados juros. Observe-se o documento 5: não houve nenhum país que não aumentasse exponencialmente a sua divída externa. O país que, indubitavelmente, mais a viu incrementada foi o Brasil: em 1977 tinha 32 750 milhões de dólares. Em 2004, o valor era de 132 700, ou seja, houve um aumento de praticamente 100 milhões de dólares.
Deu-se um grande descontrolo orçamental, que ocorreu graças a três grandes factores: a má gestão dos empréstimos, a diminuição dos preços das matérias-primas que exportavam e o aumento das taxas de juro.
O descontrolo no orçamento de Estado resultou num agravamento da dependência aos capitais estrangeiros. A dimensão desta crise foi tal que os países tiveram de pedir empréstimos para serem capazes de pagar os juros dos empréstimos previamente contraídos. Era um ciclo vicioso.
Para romper este ciclo, o México é o primeiro a declarar a insolvência. Países vizinhos seguem o seu exemplo.
Nenhuma crise económico-financeira abarca exclusivamente estes domínios e o caso da América-Latina não foi excepção.
Os governos adoptaram medidas de contenção de crise: as inflacionistas. Essas resultaram na inibição do crescimento económico. Afectaram as classes médias tal como os operários que estavam dependentes de rendimentos fixos.
O FMI pressionou continuamente estes países, levando a severas medidas de austeridade, cujo objectivo era o saneamento financeiro. Quanto às medidas, referem-se os cortes nos apoios sociais e nos subsídios dos bens de primeira necessidade - alimentos, electricidade, transportes, entre outros.
Esta crise levou a empobrecimento generalizado da população. Como tal, recrudesceu a contestação social.

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