Desde os finais do século XX, o Mundo tem aparentado evoluir para uma realidade aparentemente contraditória àquela que tinha sido definida no final do século XIX – o princípio das nacionalidades “ a um povo corresponde uma Nação, a uma Nação corresponde um Estado”.
A eclosão de novos nacionalismos separatistas (em África, no Médio Oriente e na Península Balcânica têm-se observado as situações mais relevantes), tendo em conta a crescente afirmação de novas realidades étnicas.
Como tal, os Estados-Nações mostram estar a evoluir para novas unidades políticas e territoriais, nas quais os nacionalismos se afirmam de forma cada vez mais estreita e aperta.
Para além disso, no âmbito da defesa dos Direitos Humanos, há uma tendência para valorizar o direito à diferença por parte de grupos específicos dentro dos Estados. Consequentemente, criam-se dificuldades para afirmar uma identidade nacional. A dúvida central subjaz no facto de o Estado Nação do século XX estar a evoluir para novos no Estado-Nação no século XXI.
Seguidamente, a globalização cultural, política e económica e as questões transnacionais (das migrações da segurança e do ambiente) tem feito com o papel do Estado-Nação se esgote. Ou seja, Com a globalização, ocorrem, maioritariamente, questões transnacionais. Logo, a autoridade central do Estado fica fortemente diminuída: são poucas as questões para as quais a autoridade estatal é suficiente para a respectiva resolução.
Assim sendo, o quotidiano das populações mundiais é actualmente regido por entidades supranacionais ou pelo próprio Estado?
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