A sociedade de consumo é a sociedade de plena abundância, que caracteriza a segunda metade do século passado. Pode ser identificada ao considerar o consumo massificado de bens fúteis, que passam a ser vistos como fulcrais à qualidade de vida elementar. É igualmente a sociedade de desperdício, tendo em conta que a vida útil dos bens é substancialmente reduzida pela vontade da sua renovação. É uma sociedade característica de alturas de prosperidade económica.
Aconselho a visualização do esquema abaixo, feito por mim. O aumento de consumo é seguido pelo aumento da produção, por sua vez derivando no pleno emprego com salários elevados. Logo, se as pessoas têm salários elevados, regista-se um aumento no seu poder de compra. Assim sendo, há uma procura efectiva, que resulta em novos estíumulos à produção. Este ciclo fica completo pois os novos estímulos à produção antecedem o incremento no consumo.
Os lares domésticos, particularmente urbanos, estão repletos de muitos electrodomésticos, de peças de mobiliário, de produtos decorativos, de utilidades domésticas que, no seu todo, propiciam um enorme conforto.
Durante a segunda metade do séc. XX - altura correspondente à sociedade de consumo -, constatou-se uma enorme frequência a restaurantes, estâncias de férias, casas de fins-de-semana. Eram a altura da procura contínua de tempos e de espaços de lazer.
Existiam duas grandes entidades que estimulavam o consumo, sendo elas a grande multiplicidade de enormes centros comerciais e de vendedores ambulantes. Por outro lado, os estimuladores do consumo tinham como recursos a enorme publicidade, excelentemente orquestrada, que tinha em vista criar necessidades e o aumento do recurso ao crédito. Quanto ao crédito, posso estabelecer uma semelhança com os Loucos Anos 20, ao ter em atenção que também era extraordinário esse recurso.
Todavia, este enorme crescimento destacou as desigualdades sociais. Para além disso, com um crescimento exacerbado da economia, podia anteceder-se uma crise.
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