domingo, 7 de março de 2010

Mundo capitalista

Mundo capitalista: a política de alianças lideradas pelos EUA - Plano Marshall e alianças económicas

Em 1947, a Europa estava totalmente destruída, sequela extremamente visível da II Guerra, tendo enormes baixas humanas e perdas materiais. As ajudas dos EUA, dentro do plano de emergência - prestadas desde 1945 até 1947 . apenas tinham acudido às necessidades de maior significância. Para mais, as situações de miséria gerais foram agravadas com o rigorosíssimo Inverno de '46-'47. Ao lado, dois sobreviventes, nas zonas periféricas, de Hiroshima.
Os EUA eram crentes de que no caso de se registar uma recuperação económica, visível a curto prazo, a expansão comunista para ocidente estaria dificultada. Consequentemente, a presença norte-americana/capitalista seria reforçada na Europa.
Dentro do âmbito da Doutrina Truman, a administração Truman propõe um vasto programa de ajuda técnico-económica ao continente europeu. A sua finalidade era relançar, o mais rapidamente, as suas economias, existindo, então, condições para a estabilidade política. Era o Plano Marshall ou Plano de Reconstrução Europeia - este plano foi proposto pelo senhor ao lado, o secretário de Estado norte-americano, George Marshall.
Este plano não só foi proposto à Europa Ocidental, pertencente ao bloco capitalista, mas também aos países do bloco socialista. Tendo em conta que os soviéticos acreditavam ser uma manobra dos norte-americanos imporem a sua hegemonia na Europa, esses países comunistas tiveram de o recusar.
O Plano Marshall foi oferecido desde que os Estados beneficitários aceitassem o controlo e a fiscalização das suas economias, pelas autoridades norte-americanas. Teriam ainda de criar um organismo de coordenação de ajuda financeira prestada e das relações económicas.

Consequências:
  • O primeiro pós-guerra repetia-se, quanto à dependência da Europa face aos EUA.
  • Beneficiamento dos interesses geoestratégicos contemplados e nas áreas coloniais.
  • A criação da Organização Europeia de Cooperação Económica, em 1948, enquanto organismo de coordenação de ajuda financeira prestada e das relações económicas.
Mundo capitalista: a "questão alemã" e a corrida à formação de alianças militares

Constata-se que a Guerra Fria esteve na iminência de causar a primeira situação de um conflito militar, em 1948 e 1949.
As estratégias de reconstrução alemã fizeram com que houvesse uma unificação administrativa e monetária das zonas ocupadas pelas democracias ocidentais e também originaram a atribuição das ajudas financeiras. Por sua vez, a reconstrução alemã, no bloco capitalista, tinha em vista a edificação de uma Alemanha ocidental rica, que se pudesse reafirmar de forma honrosa entre as nações livres e pacíficas. Assim, haveria uma oposição com a Alemanha de Leste.
Face a estas estratégias norte-americanas, Estaline afirma um afrontamento, acusando os antigos Aliados de quererem criar um bastião do capitalismo à entrada do bloco comunista. Consequentemente, decreta o bloqueio à zona ocidental de Berlim.
Desta forma, o bloco capitalista, impossibilitado de estabelecer contacto terrestre com as três partes da cidade de Berlim por siu tuteladas, cria uma ponte aérea. Por mais de onze meses, fez chegar todo o tipo de produtos. Os EUA mostravam à Rússia Soviética a firmeza e o enorme poder tecnológico, que possuíam.
No momento em que Estaline ameaça abater os aviões, o mundo ocidental receava a sua concretização. Todavia, o bloqueio acabou por ser levantado sem quaisquer incidentes bélicos.

Consequências do bloqueio:
  • Divisão da Alemanha em dois Estados, em 1950: a República Federal Alemã, a ocidente no bloco capitalista, e a República Democrática Alemã, no bloco socialista, a leste. Ao lado, o emblemático muro.
  • Clarificação definitiva das posições expansionistas de ambos os blocos e dos respectivos objectivos hegemónicos.
  • Corrida aos armamentos
  • Formação dos primeiros blocos militares antagónicos.





Sem comentários:

Enviar um comentário