terça-feira, 16 de março de 2010

Mundo comunista

Expansionismo na Europa e a formação das democracias populares

O COMINFORM, o COMECON e o Pacto de Varsóvia constituíram os instrumentos maioritários de demoinação dos países da cortina de ferro.
Os países do bloco comunista tinham passado pela violenta dominação nazi e a reacção fora liderada pelos partizans, que eram movimentos de inspiração comunista. Considerando a acção directa do Exército Vermelho na inversão do rumo da II Guerra, a URSS acaba por reclamar o direito de intervir na reorganização económica e política dos países a leste do meridiano 12.Jdanov impõe nestes países a ruptura com o imperialismo ocidental - em concordância com a visão comunista -, através da instituição das democracias populares, com recurso à força.
Após as cimeiras de paz, em que se referem Ialta e Potsdam como sendo as mais importantes, praticamente todos os países do Leste Europeu tinham aderido ao modelo parlamentar de tipo ocidental. Apesar de fortes, os partidos comunistas eram minoritários. Convém que especifique o que eram as democracias populares. Tratavam-se de políticas de transição entre a democracia popular e o centralismo democrático. Persistia o pluripartidarismo e as eleições livres. Os partidos comunistas foram-se gradualmente impondo no domínio dos aparelhos de Estado. Numa fase final, as democracias liberais modificaram-se para democracias de tipo soviético.
O processo de conquista era efectuado da seguinte forma:
  1. O partido comunista visava a formação, com outros partidos de esquerda, de governos de coligação. Alcançavam a tutela de ministérios mais importantes e mais influentes.
  2. Esses governos utilizavam o poder para apoiar organizações de base, tais como sindicatos, afim de pressionar os sectores da oposição liberal. Era a etapa da generalização da repressão.
  3. A oposição perde, gradualmente, a sua influência, acabando por se remeter à inoperância política.
  4. O poder torna-se, por conseguinte, propriedade exclusiva dos trabalhadores, cuja vanguarda era formada pelos partidos comunistas. CENTRALISMO DEMOCRÁTICO NA TOTAL OPERÂNCIA
Andrei Jdanov à direita de Joseph Estaline

Expansionismo na Ásia - apoio aos movimentos comunistas asiáticos

Desde 1945, tinham ocorrido dois processos políticos de extrema importância, referentes à China e à Indochina.
Em primeiro lugar, a formação da República Popular da China. O apoio soviético tinha efectivamente propiciado o início da revolução. No espaço de tempo entre 1949 e 1958, a China permaneceu fiel ao estalinismo. Celebrou, no ano de 1950, o tratado de "amizade, aliança e assistência mútua", com a URSS. Inicia a transição para o socialismo, pelos planos quinquenais, tal como pela colectivização agrícola.
Relativamente à Indochina, o apoio soviético propiciou o surgimento dos novos países - o Vietname, o Camboja e Laos.

Nota:Admito que esteja bastante incompleta a questão da Indochina, todavia ela já aqui foi especificada. O leitor poderá encontrar uma mais completa descrição desse caso na entrada que está relacionada com a primeira vaga de descolonizações.

Irei fazer, muito brevemente, uma entrada referente ao caso Chinês e ao Maoísmo.

Mao e Estaline, demonstrado a aliança, mesmo que breve

Expansionismo na Ásia - a questão da Coreia

Como já foi abordado neste blog, na entrada correspondente à definição das áreas de influência e às conferências de paz, no pós-II Guerra, a Coreia fora dividida em dois territórios:
  • Sul: Capitalista
  • Norte: Comunista
Os norte-coreanos, após a referida divisão, tentaram a unificação dos dois territórios, no ano de 1950, violando a linha de separação. Observa-se uma intervenção imediata dos japoneses e norte-americanos, em apoio do Governo Anticomunista do Sul. Lutavam contra os militares norte-coreanos, rapidamente apoiados pelo exército sino-soviético.
A guerra terminou três anos depois, em 1953.

Os camiões norte-americanos, japoneses ou sul-coreanos (sou incapaz de indicar quais eram ao certo)

Influência soviética na evolução política da América Latina - importância de Cuba para a difusão do comunismo
As acções conjuntas de Fidel Castro e de Che Guevara, em Janeiro de 1959, levaram ao aparecimento de um governo revolucionário de tendência fortemente socialista. Porém, não era oficial a relação com Moscovo.
As relações com o governo norte-americano agrava-se no momento em que Cuba se aproxima militar e economicamente da URSS e nacionaliza as principais empresas norte-americanas, que se encontravam no território cubano.
Assim sendo, os EUA organizam em Abril de 1961 o desembarque na Baía dos Porcos, de um contingente de anticastristas. Tendo em conta o falhanço dos apoios internos, o golpe fracassou. Era a grande humilhação dos EUA.
Rapidamente, a URSS desloca rampas de lançamento de mísseis nucleares que poderiam atingir o solo norte-americano. São mesmo denunciadas em '62 como uma provocação ou agressão à estabilidade pacífica mundial, após a maior guerra que a História Contemporânea recorda. Krutchev, que substitui Estaline após a sua morte em '53, continua a armar Cuba atomicamente, afirmando que eram mísseis totalmente defensivos.
Os EUA exigem a retirada dos mísseis, com o pânico generalizado, tendo em atenção a iminência de um conflito armado entre a URSS e os EUA.
Krutchev ordena, num gesto simbólico e memorável, o desmantelamento das bases militares. Consequentemente, os norte-americanos suspendem o bloqueio a Cuba e prometem respeitar o processo revolucionário.
Cuba tornou-se no paradigma do socialismo para muitos mais países do continente sul-americano.

A presença soviética em África

A África recém-descolonizada tornou-se bastante susceptível ao comunismo. Os casos de Angola e Moçambique são os mais significativos.

Quando a matéria da Guerra Colonial for leccionada, colocarei aqui uma entrada mais clara e mais completa.

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