sábado, 6 de março de 2010

A guerra que não foi guerra

A derrota do Eixo, na 2ª Guerra Mundial, evidenciou os grandes antagonismos ideológicos. Tinham sido colocados num segundo plano, com a guerra contra as autocracias nazi-fascistas, tendo sido prontamente patenteados nas diferenças entre as propostas político-económicas, defendidas por americanos e soviéticos, aquando da definição da nova ordem internacional. 
Ao lado, observa-se um esquema das principais diferenças ideológicas e económicas das duas superpotências.
A ruptura da aliança (EUA e URSS) confirmou-se com o aparecimento dos primeiros focos de tensão, gerados nas ambições expansionistas de Estaline e na Europa do Leste e na resposta norte-americana - Truman pretendia conter o expansionismo pelo reforço da sua posição no Ocidente.

Porquê uma guerra fria?

Chama-se Guerra Fria ao conflito que seguiu imediatamente a 2ª Guerra Mundial, considerando que não se observou o uso de armas. Porém, usavam as mais refinadas e agressivas formas de propaganda ideológica, como se irá constatar posteriormente. Para além disso, exibiam o seu imenso potencial militar, gradualmente mais sofisticado, sendo o objectivo dos dois blocos a criação do medo. Desenvolviam também uma intensa acção de espionagem, que incidia nas inovações bélicas e na interferência em países terceiros ou em organizações internacionais. Intervinham ainda no fomentode conflitos localizados, em apoio dos beligerantes.

O início da Guerra Fria
Não se pode afirmar que a Guerra Fria iniciou num ano específico. Ao invés, posso afirmar que começou na segunda metade dos anos 40.
O primeiro momento de tensão entre as democracias ocidentais e a URSS deu-se em 1945, estando relacionado com a realização das eleições, nos países que tinham sido libertados da ocupação nazi, pela acção directa do Exército Vermelho. Em concordância com a Grã-Bretanha e os EUA, Estaline não promovera eleições verdadeiramente livres no leste europeu. Pretendia a imposição de um governo inteiramente da sua confiança, isto é, comunista. Depois de os EUA terem tentado enviar observadores internacionais para controlarem a situação, Estaline afirma intromissão na dignidade polaca. Churchill não mostra quaisquer reservas em afirmar que o inimigo nazi foi substituído pela ameaça soviética.
Logo um ano depois, as denúncias públicas das acções do líder soviético prosseguem. O primeiro-ministro britânico acusa-o de ter criado uma cortina de ferro, de Stettin a Trieste.
Face a estes dois acontecimentos, o presidente norte-americano publica a Doutrina Truman, em Março de 1947. Com esta doutrina, a administração Truman afirmava a necessidade de adoptar uma política de contenção do avanço comunista. Apelava, consequentemente, ao ocidente para lutar contra, o que considerava ser, o totalitarismo estalinista. Prometia auxiliar todos os povos cuja liberdade fosse ameaçada por forças externas.
A URSS tinha de responder. Publica a Doutrina Jdanov, em Setembro do mesmo ano, na qual era advogado o direito de expansão do comunismo até ao centro europeu. Seriam transformados os países próximos em satélites-políticos da Rússia Soviética.



1 comentário:

  1. Joana excelente trabalho.
    Deves continuar e, claro, fazer pequenas sínteses que são muito interessantes e confirma que estás totalmente dentro da matéria dada.
    Gosto da constante actualização do blogue e, faço te um desafio, faz de novo aqueles jogos que iniciaste com as vanguardas.
    Muito bom.
    Continua.

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