domingo, 7 de fevereiro de 2010

Os antecedentes da II Guerra Mundial

Antes de 1939, a situação política mostrava-se já bastante caótica, sobretudo dentro do continente europeu, mas também no asiático e no africano.
Uma vaga de regimes ditatoriais invadira o globo: Alemanha e Áustria(1933), Itália (1922), Bulgária, Letónia e Estónia (1924),Portugal (1926), Grécia (1936), Roménia (1938), Espanha (1939), U.R.S.S. (1917). Esta situação explosiva de autocracias abarcava também o continente sul-americano, com a implantação no Brasil, na Argentina e no Chile, em consequência de golpes de Estado - que estavam apoiados nas forças armadas e no proletariado urbano -, e no continente asiático, mais especificamente no Japão, no ano de 1926.
Relativamente à implantação da ditadura em Espanha, esta deveu-se à vitória dos Franquistas na Guerra Civil. Os franquistas tinham tido o apoio da Alemanha e da Itália, em que se pode constatar, pelo bombardeamento de Guernica, que este conflito interno foi uma antevisão da segunda guerra, dado que Hitler testou o armamento em Espanha, sendo mais significativo a Legião Condor.
Todavia, não foi só a incessante implantação de totalitarismos que levou ao segundo conflito bélico à escala mundial. A realidade é que podemos igualmente apontar o Tratado de Versalhes, que tinha sido realizado em 1919. O Diktat, assim apontado pela propaganda alemã, era referido como sendo o motivo para todos os males do país e da humilhação da Alemanha Nazi, sobretudo no período do Führer.
Registaram-se várias infracções às sanções que tinham sido determinadas para a Alemanha - a remilitarização, a instituição de várias indústrias de armamento, sendo a mais conhecida a IG Farben, foram as infracções mais significativas.
Quanto à Itália, o ódio ao Tratado tinha diferentes origens. Tendo lutado em cooperação com a frente dos Aliados, não vira as suas expectativas satisfeitas com as Conferências de Paz, no primeiro pós-guerra. Os restantes aliados não lhe concederam mais nenhum território.
A própria instituição da Sociedade das Nações foi a causa efectiva do segundo conflito à escala mundial. Uma instituição que, de acordo com os planos iniciais do presidente Wilson, se destinava à promoção da paz e à satisfação das necessidades primordiais das populações, manteve os seus olhos fechados. A invasão da Manchúria pelo Japão, em 1931, e seis anos depois da China; a invasão da Etiópia, em 1935; a invasão da Checoslováquia, em 1938 - nenhuma delas foi levada a "sério" pela Liga das Nações. De facto, as contra-invasões da Checoslováquia, da Manchúria, da China, da Etiópia não seriam viáveis.
Já foram aqui abordadas as questões políticas e geoestratégicas. De seguida, as causas económicas.
Como já foi explicado neste blog, numa mensagem anterior, o Crash apenas foi a gota que transbordou. Foi a globalização da crise ou a Grande Depressão que, genericamente, levou Hitler a implantar as indústrias de armamento, dado que necessitava de resolver a questão dos seis milhões de desempregados.
Dia 1 de setembro de 1939, a  Alemanha Nazi invade a Polónia, oficializando o início da II Guerra.

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